domingo, 31 de outubro de 2010

"A Metamorfose”

         Já não é nenhum segredo que a actual situação mundial é de profunda crise e de completa incerteza em todos os campos da vida, até mesmo da sociedade. Predominam o terrorismo, as drogas, a desintegração familiar e a decadência da educação.
Por um lado, as pessoas de todo o mundo identificam-se cada vez mais com a raiz da globalização mas, por outro lado, os indivíduos não conseguem ficar ligados nem sequer com suas próprias famílias nem eles mesmos devido egoísmo cada vez mais crescente.
Esta dicotomia leva-nos ao estado lamentável no qual nos encontramos actualmente, que parece ser um beco sem saída, uma crise económica mas na minha opinião e pior ainda, uma crise de mentalidades, de crença...uma crise social e ideológica.
No nosso mundo, onde estamos separados, temos a nossa própria linguagem: o egoísmo. Por causa dele é difícil entendermo-nos mutuamente. Essa situação remete-nos para a indiscutível e pertinente Torre de Babel. Essa época, onde o orgulho e o desejo de satisfação era desmedida, alcançando tal magnitude e tal impacto, onde as pessoas quiseram construir uma Torre, uma elevação que chegasse ao céu, que o rompa e o invada, para demonstrar o poder de uma sociedade sobre o mundo e inclusive sobre a Natureza e os seus valores, onde houvesse a vitoria do sedento operador do superficial...
Quem sofre com esta mutação?
A cidade… a sua imagem… a sua credibilidade e a sua vivencia…o seu Urbanismo…a sua Arquitectura…tudo aquilo que queremos moldar ao nosso gosto deixa de fazer sentido em todo este meio sem identidade...Quando falo em urbanismo ou arquitectura remeto-me para nós, o mobiliário de uma cidade, o que a faz funcionar a bem ou a mal...correctamente ou á toa...é mais isso, andamos á toa, sem rumo e sem saber para onde o "homem do leme" nos leva...



José Costa
31-10-2010

Babel

Como primeiro artigo deste recente meio de expressão decidi falar um pouco sobre a universalidade da língua…a universalidade da comunicação…
Nada melhor que Babel...a sua Torre...a sua Cidade...Babilónia...
Esta Torre - Cidade, bem como a sua dicotomia, Babel e Babilónia, a cidade vertical e a cidade horizontal…a ansiedade de alcançar a glória, a ansiedade de criar um só povo…uma só língua…



Sem dúvida alguma que o mito Babel é conhecido por grande parte das pessoas, mais ainda pelos seguidores da religião cristã, onde na leitura do capítulo 11 do Livro do Gênesis pode-se constatar que “antes de Babel todos os homens da Terra tinham uma única língua, usavam as mesmas palavras”.
Propuseram-se a construir uma cidade e uma torre cujo topo rasgue o céu, que uni-se todo o povo da terra para não dispersar a humanidade sobre toda a terra.
 “Agora poderão coroar a idolatria”.
Assim acontece que Deus dispersa os homens por toda a terra, e criou uma infinidade de línguas, e o povo não foi mais um só.
Na torre de Babel estão contidas três problemáticas diversas. A primeira é aquela da origem das línguas: Como surgiu uma gama tão grande de línguas?
Em segundo lugar, encara um outro problema: por que existem tantos tipos de povos sobre toda a terra?
Num terceiro ponto, coloca o problema da hybris (que significa o desafio o crime do exagero e de provocação): é quando o povo é ainda um único povo que concebe a ideia de chegar até o céu ou, que tem a intenção de atacar o céu, de ajustar uma guerra com Deus.
Qual foi a punição que Deus infligiu aos homens por tal ousadia?
A cada povo foi atribuída uma língua particular, e enquanto antes toda a terra tinha um único modo de se exprimir, agora os homens foram dispersos e ocuparam o vasto planeta. Portanto a dispersão por todo o planeta e a grande variedade dos lugares geográficos estão ligadas à multiplicidade das línguas, e constituem uma resposta à hybris.
Por essa razão ainda hoje nos defrontamos com problemas, com realidades inesperadas e por vezes brutais, por não sermos compreendidos ou por não nos deixarem expressar. É complicado estarmos todos do mesmo lado, logo hoje como o mundo anda e gira, ainda mais complicado é, haver união...haver a mesma linguagem...

José Costa
31-10-2010

sábado, 30 de outubro de 2010

o Inicio

Olá...
                Antes de mais, fico sem saber  se é normal, não saber o que escrever no primeiro artigo de um blog. Aliás este é só mais um de entre os imensos que existem nesta  coisa vulgar que é a internet.
                Para além de ser mais um, é muito provável que este nem lido seja muito menos que interesse possa ter, mas não custa tentar, nem deve custar nada uma pessoa se tentar expressar. É por isso que decidi criar um, para partilhar algo que seja interessante ou até mesmo, que nem uma lógica possa ter. Poderei publicar algo que me interesse mas que não diga nada a quem o lê. Revoltas ou alegrias, não sei...a ver vamos como corre. Talvez nos tempos que correm até a crise de ideias ou de leitura pode vir á superfície...sinceramente não faço ideia...
                O meu nome é José Costa, sou arquitecto e nasci em Braga... vou postando neste espaço, bem ou mal, logicamente ou sem nexo...alguma coisa me vai surgir...sobre coisas...sobre PEQUENAS GRANDES COISAS ...
espero que vos agrade....ou não...mas que opinem também


José Costa
30-10-2010